Fotógrafo faz registos de crianças com seus brinquedos pelo mundo

O fotógrafo italiano Gabriele Galimberti tem fotografado várias crianças ao redor do mundo, com os seus brinquedos favoritos. 

As imagens capturadas pelo fotógrafo fazem parte do seu projecto pessoal “Toy Stories”, que foi lançado em 2014, são fotos de crianças do Texas à Índia, do Malawi à China, da Islândia ao Marrocos e às Ilhas Fiji. 

O fotodocumentarista citado pela DW diz que tem como objectivo “capturar a alegria espontânea e natural que une as crianças, apesar de suas diferentes origens”.    

Imagem: DW

Gabriele Galimberti em entrevista à DW contou que a inspiração para o ensaio “Toy Stories” surgiu de forma inesperada entre 2010 e 2011, quando por dois anos, ele viajou por cinquenta e oito países no contexto de um projecto para o jornal italiano “La Repubblica” sobre o serviço de hospitalidade - “Eu basicamente viajava, dormia na casa dos outros e partilhava histórias de todo o mundo”. Ele disse que tempos depois, um amigo, convidou-lhe para fotografar a filha, com quatro anos de idade, na altura. Quando ele chegou, a menina estava no estábulo do avô separando seus brinquedos, então, o fotógrafo decidiu ajudá-la e aconselhou a organizar tudo de acordo com a forma e a cor. 

Imagem: Perfil pessoal de Gabriele Galimberti

Galimberti disse que gostou do resultado e resolveu fazer mais fotos similares ao longo de sua viagem de dois anos pelo mundo. 

Ele só fotografa crianças com idades entre três e seis anos “calculei que essa é a faixa etária em que só nos preocupamos com brincar, ainda não há problema da aprendizagem”, disse à DW.

O fotógrafo falou ainda na entrevista à DW sobre as diferenças de fotografar as crianças de famílias mais ricas, em que explicou sobre a demora de tempo de confiança até ser conquistada, que é mais extensivo, pois, por vezes, essas crianças são “um pouco mais possessivas com o que tem”. Já em regiões mais pobres, ele costumava entrar na brincadeira de forma mais rápida, apesar dele ressaltar que não generaliza a observação. 

Galimberti tem como marca registada a organização, pois as suas fotos apesar de serem com crianças, sempre são feitas em ambientes bastante organizados - “Talvez porque eu goste de origem”, explicou à DW, ainda disse - “Nós vemos pessoas, é claro, mas também vemos números. Mais ou menos como um infográfico. E essa é a minha maneira de fotografar pessoas, objectos e posses”.

Imagem: Tudo do bem

Ele enfatizou também que o tipo de imagens que escolheu, reflecte seu jeito de contar histórias - “Gosto de interagir com as pessoas. Não sou muito bom em fotografar paisagens ou coisas. Mas as pessoas que fotografei são sempre pessoas com quem tenho alguma ligação pois passo tempo com elas”, finalizou o fotógrafo. 

Para Gabriele Galimberti, a fotografia pode ajudar a encurtar distâncias e contribuir para uma melhor compreensão intercultural. 

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